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POEMAS I: Arco-íris, Jardim, Vestido, Imagens no Espelho, Cinderela e A Tocha Olímpica

 

ARCO-ÍRIS

 

Finalmente o sol entrou nesta casa

em plena noite chuvosa,

afastando as nuvens da tempestade

que eu pensei que tão cedo

não fosse findar,

fazendo surgir o arco-íris

que com suas cores embelezou

todos os recantos

quando você, minha amada,

para nossa morada retornou.

 

        JARDIM

 

Num lugar feito de flores

variadas nas formas, perfumes e tipos

elas balançam ao sabor do vento

presas nas hastes

das floridas plantas que lhes dão vida.

 

No entanto uma das flores

está solta e livre

vai de um lado a outro, contente.

 

Será a rosa? A margarida?

Será o cravo? O girassol?

Não! Esta tem o nome de Clarissa!

 

              VESTIDO

 

Quero me abrigar, quando vier o sol ardente

daqueles dias de quente temperatura

embaixo desse vestido,

vaporoso, fino e provocante

como os meus pensamentos esvoaçantes

à menor brisa que o movimenta,

acompanhado dos suspiros

que não consigo controlar

pelos segredos que em si acalenta.

 

Por esse véu que balança,

embaralha e confunde

quando a brisa o levanta mais um pouco,

é que quero estar nesse vento,

nas reentrâncias e dobras escondidas,

amoldar meus movimentos, me fazer de suavidade,

ser amassado entre o tecido e a pele macia,

seguir o balanço das dobras do vestido

e balançar, balançar, balançar,

assim ficar, fazer assim o meu dia.

 

E quando a noite vier, se esfriar,

usar esse tecido como manto,

me envolver, fazer um momento totalmente misto,

usar a quentura desse corpo a envolver o meu

para assim - nessa proteção -

viver todos os sonhos em que me visto.

 

IMAGENS NO ESPELHO

 

Feita num conjunto de letras graciosas,

no espelho da penteadeira do quarto,

está uma bela declaração de amor, escrita com batom,

tornando-a mais bonita, com suas retas e curvas,

imprecisões no desvio de conduta

do giz improvisado, num vermelhão acentuado

fixado contra o acariciado espelho

que reflete partes do bastão

desfeito por palavras de doce magia.

 

O cristal reflete imagens deste espaço de tempo

em que estamos na cama, trocando afagos,

assim como também reflete

momentos em que juntos brincamos,

e ela escreveu no espelho o que sentia.

 

 

           CINDERELA

 

Quem sabe se consigo me transformar num príncipe

mesmo sendo um plebeu

(sem o menor jeito para a coisa)?     

Quem me dera voltar a sentir essa mágica!   

Já deixei de pensar assim. Já passei da idade.

Hoje, a Cinderela me atormenta.

Há muito tempo que não pensava nela,

tanto que até virou nostalgia.

A Cinderela que vive intensamente

nos ideais amorosos da menina-mulher

que, ao mesmo tempo, eu tanto quero,

divagando por esses sonhos lindos de menina!        

 

  A TOCHA OLÍMPICA                     (Poema publicado na antologia Olimpoesia)

A união dos povos

é presenciada numa olimpíada.

Atletas do mundo inteiro

disputam as medalhas

a serem conqistadas

pelos que mais se destacam

em uma batalha triunfal,

onde a força é demonstrada

através das diferentes

modalidades desportivas.

 

É assim que a tocha olímpica,

percorre os países participantes.

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